Agora é para valer: a Sony entrou no mercado de tablets, com o Xperia Tablet Z. Apresentado oficialmente ao mundo no Mobile World Congress (MWC), em Barcelona, o brinquedo enche os olhos e promete entregar toda a qualidade e estilo da família Sony - e da linha Xperia. Afinal, trata-se do tablet mais fino do mundo, a prova d'água e de poeira, além de uma configuração de respeito.

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Ter o Xperia Tablet Z nas mãos é um pouco frustrante. Afinal, estamos acostumados com tablets mais pesados, como o iPad, mais grandalhões, como a família Galaxy, ou mesmo mais arredondados, como o Nexus 10. O gadget da Sony é assustadoramente leve, fino e quadrado. E por vezes você não acredita que ali dentro pulsa um Qualcomm Snapdragon S4 (quad-core) Pro de 1.5 GHz assíncrono - ou seja, com atividade independente dos núcleos processadores, o que, na prática, significa um consumo menor de bateria, já que eles podem funcionar juntos ou não, de acordo com a necessidade.

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Além disso, o Xperia Tablet X traz 2 GB de memória RAM, LTE, WCDMA, Bluetooth 4.0, GPS, NFC, resolução de tela de 1920 x 1200 (com o poderoso Bravia Engine, que equipa as TVs da marca), câmera traseira de 8 MP e frontal de 2 MP, IR Blaster, que faz com que o tablet possa virar controle remoto para aparelhos da família Sony, e armazenamento interno de 16 GB ou 32 GB, dependendo da versão. E, aprendendo com um dos problemas mais irritantes do Nexus 10, o Xperia Z não abriu mão da porta para cartão microSD para ser fino e leve. Com isso, o usuário pode expandir em até 32GB a memória do tablet.

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As configurações são de respeito, mas o que mais impressiona são os 6.9mm de espessura e os 495g de peso. Dessa forma, o aparelho parece frágil, mas basta ligar e começar a assistir um filme que isso passa. A tela Bravia, com seus 441 ppi, famosa pela qualidade, faz a gente pensar como um aparelho tão pequeno pode ser tão divertido. Mas, diante desse show de cores, não dá para evitar pensar na vida da bateria. Pois a Sony "importou" dos smartphones a funcionalidade "Stamina", que promete dar uma sobrevida de dezenas de vezes à bateria. Se na linha Z isso se mostrou altamente eficaz, não há motivos para achar que, nos tablets, algo vá dar errado.

O Xperia Tablet Z vem com Android 4.1.2 que, infelizmente, não é redondo e sim, trava. E com alguns botões "fora do lugar" - em comparação com o Android "puro" do Nexus -, demora até o usuário achar seu lugar. Aliás, a Sony adotou a filosofia do "menos é mais", custodiando o mínimo possível o Android do Xperia Tablet, deixando espaço para o sistema Google brilhar na plataforma.

Mas a característica mais festejada é ser a prova d'água. E de poeira. Aliás, isso deveria ser obrigatório em todos os aparelhos, já que não faltam tecnologias disponíveis para tal. O Xperia Tablet Z, segundo o demonstrador, pode ficar até 30 minutos submerso, numa profundidade de até 2 metros, que deverá sobreviver. Não que alguém vá assistir vídeos enquanto mergulha para ver corais, mas uma queda acidental, digamos, na banheira, será facilmente tolerada. Chuva, poças d'água, derramamentos de café, água e etc., então, não serão mais um problema, assim como praia ou terra.

A câmera, como em todo tablet, ainda é um ponto controverso. Ainda é questionável a relevância de uma grande câmera em um aparelho com 10.1 polegadas. Mas a Sony embutiu no Xperia Tablet Z o mesmo sensor Exmor R da linha Xperia em smartphones, o que pode garantir excelentes quadros mesmo com pouca luz. O som, no entanto, é o grande ponto fraco do aparelho. Pouca gente notou, mas os alto-falantes ficam nos cantos inferiores e laterais, exatamente onde é feita a "pegada". Como resultado, um som abafado e fraco e uma briga constante com o aparelho, tentando subir as mãos para que algo seja ouvido.

No geral, o Xperia Tablet Z tem tudo para brigar com iPad, linha Galaxy e família Nexus, além dos poderosos Transformers, da Asus. Se por um lado a tradição e a força da marca Sony têm tudo para catapultar o novo gadget, por outro nos faz lembrar de um grande ponto da Sony: seus aparelhos nunca são baratos. É esperar até o final do segundo trimestre de 2013, quando a linha deve chegar ao Brasil, para ver como fica a guerra dos tablets.

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