Brasil é o país latino com maior índice de ataques

Decision Report 20/08/2014

Dados da Kasperky Lab revelam que o Brasil foi o país latino mais perigoso em termos de ciberameaças no primeiro semestre de 2014: quase 11 milhões de ataques baseados na web tentaram infectar 29,6% dos usuários de produtos da empresa na região. O País também demonstrou a maior taxa de ameaças locais: 43% dos usuários tiveram que lidar com 32 milhões de incidentes. O Peru vem em seguida, com 39,8% dos usuários afetados por ameaças locais. No México, um quarto dos usuários encontrou malware na web. O Brasil também lidera entre outros países da América Latina em termos de hospedagem de sites mal-intencionados: mais de 1,8 milhão de hosts no País foram usados em ataques contra usuários do mundo inteiro este ano, o que coloca o país no 24º lugar mundial.



Os números foram divulgados durante o 4º Encontro de Analistas de Segurança para a América Latina da Kaspersky Lab, realizada de 17 a 20 de agosto, em Cartagena, Colômbia, quando a empresa apresentou pesquisas sobre as principais ciberameaças na região. Usando o serviço de nuvem Kaspersky Security Network como a principal fonte de informação, os analistas estudaram as detecções de malware e spam no primeiro semestre de 2014.

No primeiro semestre de 2014, os produtos da Kaspersky Lab na América Latina neutralizaram mais de 28 milhões de ciberataques e tentativas de infecções em PCs e dispositivos móveis dos usuários. Embora a maioria dessas ameaças venham da Internet, é importante mencionar que a maioria do malware detectado eram previamente desconhecidos, bloqueados por tecnologias proativas da Kaspersky Lab.

Malware Móvel

Trojans bancários com URLs de bancos online na AL são uma enorme ameaça na região. O setor bancário foi alvo de muitos ataques, tanto por cibercriminosos locais como quadrilhas internacionais.

As principais campanhas de spam de 2014 na América Latina também foram relacionadas à Copa do Mundo, oferecendo bilhetes falsos e atraindo para páginas de phishing ou com Trojans bancários. Também houve aumento considerável no número de ataques de phishing contra usuários de língua portuguesa.

Um dos maiores riscos de segurança para a região são as ameaças móveis. Durante o primeiro semestre de 2014, a Kaspersky Security Network relatou quatro vezes mais incidentes de malware móvel envolvendo usuários latinos do que no mesmo período do ano anterior, o que em parte pode ser explicado pelo grande aumento no número de dispositivos Android, impulsionado pela alta taxa de BYOD (traga seu próprio dispositivo para a empresa) na região. Governos, entidades, empresas e universidades permitem que usuários e funcionários acessem a rede interna - inclusive e-mail e documentos confidenciais - de seus dispositivos pessoais - o que atrai os cibercriminosos.

Na América Latina, as ameaças móveis mais comuns são Trojans-SMS, que enviam mensagens de texto de dispositivos móveis infectados para números de tarifa premium e programas de publicidade agressivos. O número total de amostras de malware móvel na coleção da Kaspersky Lab ultrapassa 365 mil. No final de 2013, havia apenas 189 mil.

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