Equilíbrio difícil

A base monetária ampla (M2) da China sofreu forte aumento e equivale a mais de duas vezes o PIB da China – uma das maiores no mundo. Desde 2013, com a posse de Xi Jinping, o governo conteve o crescimento da base e começou a impor limites à captação pelos governos locais. A meta é desativar a bolha de ativos – especialmente imobiliários. Porém, as taxas de juros subiram e empresas da economia real se viram com menos espaço para captar e investir, o que atrapalha o crescimento. Conseguir se equilibrar entre os dois pólos é o que se oferece ao governo chinês, diz Yao Yang, diretor do Centro para a Reforma Econômica da China, da Universidade de Pequim.



Portas abertas

Enquete da B2B International e da Kaspersky Lab revela que, embora 80% dos clientes percam a confiança em seus bancos após serem vítimas de ataque cibernético, menos de 50% das instituições consideram a perda de confiança e reputação como uma consequência grave desse tipo de problema. Só 53% dos entrevistados acreditam que seus bancos estão fazendo todo o possível para proteger as informações financeiras dos clientes. No último ano, cerca de 41% das instituições financeiras e 48% das operações de comércio eletrônico perderam informações devido a crimes de informática.

Crise de confiança

O descasamento entre clientes e bancos é mais grave, porque, segundo a enquete, 74% das empresas escolhem um banco baseadas em sua reputação em temas de segurança cibernética, e a esmagadora maioria (82%) considera a possibilidade de deixar uma instituição que sofra perda de dados.

Cirúrgico

Os cortes na Secretaria de Segurança do Estado do Rio de Janeiro, se feitos nos lugares corretos, podem economizar bem mais do que os 20% propostos pela área financeira do governo. Em uma compra feita para a Copa, o sobrepreço em relação a aquisição quase idêntica feita pelo Governo Federal chegou a impressionantes 260%, ou um acréscimo de R$ 55 milhões.

Recado

Traficantes buscam interlocutores para fechar um acordo com o governo fluminense até o final das Olimpíadas. O recrudescimento dos confrontos e o impressionante número de balas perdidas fazem parte da pressão. Até agora, quem foi procurado recusou fazer o papel de intermediário.

Prepotência & impotência

A recente briga entre marqueteiros de Dilma Rousseff e Aécio Neves expõe dois males endêmicos da democracia representativa contemporânea: a arrogância desse tipo de profissional e a despolitização das campanhas eleitorais. No primeiro caso, marqueteiros, que só costumam lembrar de campanhas em que seus candidatos venceram, apagando aquelas em que se viram derrotados, propagam que eleitores votam ou deixam de votar em candidatos não por interesses concretos, mas por técnicas mágicas.

A segunda face da mesma moeda pertence a políticos sem idéias e convicções que se submetem à marquetagem durante a campanha e, no poder, se entregam aos financiadores, abastardando a política.

Nova política

A Falência do Governo Dilma e a Política Desenvolvimentista para o Brasil é o tema do seminário que a Fundação Instituto Claudio Campos e o Diretório Estadual do Partido Pátria Livre (PPL) do Rio de Janeiro realizam dia 7 próximo. Entre os expositores, Fernando Siqueira (vice-presidente nacional do partido. Será no Hotel Golden Park (Rua do Russel, 374 -Glória – Rio de Janeiro/RJ). Inscrições: patrialivrerj@gmail.com ou (21) 3242-3464.

Kryptonita

De um leitor comentando nota da véspera, na qual a coluna informa que, em plena temporada de adesão do seu governo à agenda derrotada do tucanato, o marqueteiro da presidente Dilma Rousseff insistia em apresentá-la, no Facebook, como a “Super Dilma”, uma heroína em ação para proteger os direitos dos brasileiros: “Se a presidente é a Super Dilma, então, o Joaquim Levy é a kryptonita dela”, ironiza.

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